Beatificação de Ir. Dulce dos Pobres



Eu e o grupo que participo: Grupo do Rosário da Virgem Santíssima, estivemos pela graça de Deus na Beatificação da querida Ir. Dulce, sem dúvida o maior evento católico que (para mim) a Bahia já teve...

Fomos com a caravana da Fé Católica, chegando lá aproximadamente umas 13:30h, quando cheguei já estava cheio, onde apesar de receber milhares de carões passamos pelo meio do povo pra chegar mais perto, e conseguimos, saltando, tropeçando e se apertando, todos ficaram (depois de um tempo) mais confortáveis.

Não consigo explicar com palavras o que pudemos sentir neste dia, para mim, todo desconforto, incomodo e cansaço que inicialmente incomodava foram anestesiados com as sensações que senti ao longo do dia.
  Acredito que não foi apenas eu, mas tenho certeza que todos, sem exceção, por mais duro que fosse o coração, sentiram uma presença especial, pois o ar lá estava diferente, o cheiro era diferente, cada gota de chuva da garoa que de vez em guando caia era diferente.
Sei que não foi só eu que percebi, que desde o momento que iniciou até o último instante que percorreu o dia não parou de voar pombas (símbolo mais puro do Espírito Santo) onde sei e pude sentir que era o próprio Espírito de Deus pairando sobre nós.
Senti também os arrepios que muitas pessoas sentiram ao ouvir os relatos de santidade, e ao ver as crianças que Ir. Dulce tanto amava homenageando e agradecendo pelas obras e pelo amor a elas dado.
Ir. Dulce, a flor do nosso jardim, o alecrim do sertão, sopro puro do amor de Deus, sei que se fazia presente naquele local, e junto dela (perceptível na hora em que foi anunciado) o nosso João de Deus, Beato João Paulo II, sei que não foi só eu que chorei ao senti-lo naquele menino que o representava, naquela música que toca o coração e traz lágrimas nos olhos: A bênção João de Deus...
Grande amor e emoção foram sentidos, creio que por todos, ou uma grande parte, a presença real de Nossa Senhora, quando cantada por Padre Antônio Maria anteriormente pedido por Roberto Carlos sua música: Nossa Senhora me dê a mão...
Ahh quanta paz celeste que anestesiou toda dor e fez muitos que levaram o banquinho para sentar, subir no mesmo para olhar melhor e experimentar profundamente cada segundo daquela festa dos anjos. Eu particularmente subi e comecei assistir, mas me senti mal quando olhei pra trás e vi o tanto de gente me olhando irritados por não ver nada praticamente gritavam com seus olhares para que eu saísse de sua frente, rsrs, percebi que também desfrutava sem precisar subir no banco, pois sou alto.
Então começa a Santa Missa, entra em procissão a linda imagem de Santo Antônio, onde mais me alegrou saber que estava sendo trazida pelos Capuchinhos (apesar de ser suspeito pra falar) fiquei feliz em rever os frades. Logo depois a magnífica imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição da Praia, sei que Ela liderava esta procissão. E por último a grade imagem do Senhor do Bonfim. Vale também ressaltar a quantidade de Padres, mais de 600, dentre eles vários conhecidos nossos.
 Debaixo de chuva escutávamos cada palavra da Missa de Beatificação, movido pela emoção de estar ali, senti como se desde o inicio da missa estivesse aberto perante o palco, o Céu, nós na terra e o inferno, todos em expectativa. Quando é proclamada da boca do representante do Papa, Dom Geraldo as palavras que tornaram beata a Mãe dos Pobres Irmã Dulce, era como se o inferno tivesse estremecido de raiva, no céu os anjos desses gritos de alegria e perante eles e os Santos de Deus, Ir. Dulce estava sendo coroada com uma coroa de flores pelo Senhor Deus a quem tanto amou, e aqui na terra nossos pulos de alegria rasgavam os véus dos pecados presentes em nosso País. Ahh, quanta emoção em ver perante a luz caindo chuva e perante nós nenhuma gota molhar o rosto (naquele momento), eram graças sendo derramadas sobre a Bahia e o Brasil.
Nunca senti tamanha força da Eucaristia nas pessoas que perante o momento mais forte da chuva onde os ventos sopravam com maior intensidade, permaneciam inabaláveis, quanto mais forte a chuva ficava, mais forte cantávamos, uma música que dizia assim:
“E quando amanhecer
o dia eterno, a plena visão,
Ressurgiremos por crer,
Nesta vida escondida no pão."
Força nossa elogiada pelo Cardeal após a comunhão.
 Ao receber Jesus em meio a chuva depois de me esticar todo pelos guarda chuvas, recebendo chuva no rosto, meu coração se estremece ao senti-lo úmido pela chuva, me faz ser por inteiro um cantinho quente pra Jesus repousar.

E por fim proclamo: A festa de beatificação de Irmã Dulce, foi não só para mim, mas para quase todos um marco transformador em nossas vidas, nunca esquecerei deste dia, e quero levar esta Presença de Deus: Irmã Dulce a todos os que eu encontrar, agora com muito mais intensidade.

Paz e Bem.

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